When a dam is built across a river, blocking its flow, a series of local biological processes is radically changed: fish population perish by lack of food and cannot migrate; turtles are unable to reach the shore to spawn; and subject to an unpredictable rhythm dictated by the hydropower dams, the forest suffer from flow or dry seasons.  

For people who live near these dams, the consequences are devastating as well.  The hydropower dam Belo Monte, located on Volta Grande do Xingu (Pará, Brazil), changed the life of indigenous and other riverside communities. The Juruna, an indigenous ethnic group which identified themselves as people of the rivers, for years has been denouncing the damages inflicted by the project on their food habits, religious rites and territorial relations. They also struggled to be part of decision-making about megaprojects in their territories. 

In the meantime, the hydropower industry continues to present hydropower dams as a green source of energy. Transnational organizations such as International Hydropower Association (IHA) publicize dams as a clean alternative to fossil fuel-based power generation, craving for financial support meanwhile countries consider and amplify solid investments on renewable energy sources, like solar or wind.  

Therefore, it’s vital to democratize information about dams affecting rivers and riverside people. International Rivers, in partnership with the peruvian organizations Amo Amazonía and Centro para la Sostenibilidad Ambiental (UPCH) launch the animation Dams on Amazon: An Predictable Impact. The video is available on Youtube and Vimeo. 

Narrated by Alice Southgate, the video explains the environmental and social consequences a dam inflicts on Amazon Rivers. Currently, 158 dams are either operating or under construction in the river basin, and 351 have been proposed. 


Quando a barragem de uma hidrelétrica é construída e interrompe o curso livre de um rio, ela altera radicalmente uma série de processos biólogos do ecossistema local: peixes desaparecem por falta de alimento ou deixam de migrar; quelônios não conseguem mais praias para a desova; e florestas são inundadas ou ressecadas no inconstante fluxo de água ditado pelas usinas. 

Para as populações que vivem nos territórios onde as hidrelétricas se instalam, as consequências também são devastadoras: Por exemplo, a Usina Belo Monte, na Volta Grande do Xingu (PA), modificou a vida de comunidades indígenas e ribeirinhas. O desvio de 80% das águas dos rios causa seca nas várzeas, impedindo a piracema como também a navegação de barcos dos povos ribeirinhos. A etnia indígena Juruna, um povo do rio, tem denunciado há anos os efeitos da hidrelétrica em seus hábitos alimentares, religiosos e de relação com o entorno, como também seu pouco poder de decisão em projetos de grande impacto.

Enquanto isso, empresas responsáveis pela construção e administração de hidrelétricas continuam a vender a falácia das usinas como sustentáveis e verdes. Organizações transnacionais como a Associação Internacional das Hidrelétricas (IHA) apresentam as hidrelétricas como alternativa ‘limpa’ aos combustíveis fósseis, ansiando por aporte financeiro enquanto países começam a considerar e aplicar investimentos em modos sustentáveis de obtenção de energia, como a solar ou eólica. 

Por isso, é de suma importância democratizar informações sobre os efeitos das barragens nos ecossistemas dos rios. A International Rivers, em parceria com as organizações peruanas  Amo Amazonía e Centro para la Sostenibilidad Ambiental (UPCH) lança a versão em português da animação Hidrelétricas na Amazônia: Impacto Previsível. O vídeo está disponível no canal do Youtube e Vimeo da organização. 

Didaticamente, o vídeo narrado por Alice Southgate explica as consequências ambientais e humanas de uma barragem na bacia amazônica, que hoje conta com 158 barragens operantes ou em construção e com a proposta para outras 351.